terça-feira, 22 de outubro de 2013

Mais uma luta!!! Detrminação de quem crê na Justiça.

Justiça é o que se Busca.
UM DIA A MAIS COM NOSSOS FILHOS

Evento realizado pela ONG Justiça é o que se Busca.

Pessoas que vários cantos do Brasil se reuniram, neste sábado (19/10/2013), em homenagem ao jovem Luis Paulo Oliveira Barbosa que completaria 23 anos na próxima segunda-feira (21). Adriana Oliveira Barbosa e José Antonio Barbosa, pais do jovem assassinado, muito emocionados, agradeceram a presença de todos e desabafaram: “A gente quer que alguém escute o nosso grito, um pedido de ajuda, porque todo dia a gente liga a televisão e a gente vê uma mãe, um pai se debruçando em cima de um caixão de um filho e ninguém faz nada”.

O evento denominado “Um dia a mais com nossos Filhos” foi realizado para homenagear os filhos que partiram cedo demais; vítimas da violência, de erros médicos; latrocínio, homicídio e os manifestantes pediam, através de um abaixo-assinado, “Pelo fim da Impunidade”, mudanças no código penal brasileiro e fixaram quase 100 cruzes com fotos das vítimas da violência na areia da praia de Ocian, em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

Alguns casos são conhecidos dos moradores da Baixada Santista, como o da filha de Wilson Araujo, que morreu em São Vicente. “A Emily foi assassinada em maio de 2007, vítima de quatro menores de idade que tentaram roubar a máquina fotográfica que ela tinha na mão na garagem de casa”, contou ele.

Pessoas vieram de diferentes partes do país para que certos crimes não sejam esquecidos. “Meu filho tinha 10 anos e um menor foi colocado na escola dele pelo Conselho Tutelar. O menino já tinha sete passagens, já tinha sido expulso de escola. Em 27 de maio de 2002, o pai do menino veio buscar o meu lá em casa para brincar e eu deixei porque eu não sabia da história do menino. Ele deixou eles sozinhos. O menino deu uma surra no meu filho, uma facada nas costas e um tiro de espinguarda no pescoço”, conta Elisabeth Metynoski, mãe de uma vítima de Curitiba, no Paraná.

Outros casos ficaram conhecidos nacionalmente. ”Um psicopata em Realengo invadiu a escola, com duas armas, cheio de munição e alvejou várias crianças. Dessas, 12 foram fatais, 11 feridas e 1 milhão chorando”, falou André Machado, pai de uma das vítimas da tragédia em Realengo, no Rio de Janeiro.

Algumas pessoas que estavam curtindo o dia na praia também se juntaram ao grupo. Elas rezaram, cantaram, se emocionaram e também assinaram o abaixo assinado para que o Congresso Brasileiro repense o Código Penal do país.

A homenagem foi organizada pela ONG ‘Justiça é o que se busca’, que tem o papel de dar apoio às pessoas que perdem parentes por causa da violência. "Nós acompanhamos os casos do começo ao fim. Indicamos advogados, encaminhados para psicólogos, procuramos dar apoio, um ombro amigo”, disse a presidente da ONG, Sandra Domingues.

Assistam o vídeo da homenagem no link abaixo:

http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/jornal-tribuna-2edicao/videos/t/edicoes/v/parentes-de-vitimas-de-violencia-se-reuniram-para-exigir-mudancas/2900440/

Por Sandra Domingues, com informações do G1

20/10/2013

Grupo no Facebook: Justiça é o que se Busca  






2 comentários:

  1. Obrigado Sandra. Nós, da família do Hércules, de outras famílias, somos gratos a você. Faz algum tempo que perdi minha fé nas instituições, no sistema, na justiça. A "justiça" tem seus próprios interesses, a defensoria pública não defende quem precisa, a corregedoria não corrige nada nem pune quem merece. Nós somos espectadores perplexos (ou não) da brutalidade do sistema que dilacera famílias como uma fera com dentes bem afiados, sedenta de sangue e de carne fresca. Somos espectadores, impotentes, desse grande espetáculo de horrores que perpetra o mal nas famílias e torna a sociedade em zumbis dormentes e dementes. Minha fé nas polícias, nas promotorias, nos juristas e no sistema morreu junto com meu irmão: virou cinzas como ele. Me tornei também um zumbi, dormente, demente, incapaz de ficar perplexo com o show de horrores. E isso é o que há de pior: perder a capacidade de ficar perplexo significa que já chegamos ao fundo do poço, que já chegamos num ponto que não tem mais volta.
    Vi uma greve da polícia militar na Bahia, cerca de oitenta homicídios num intervalo de 48 horas. É claro: todos "ligados ao tráfico de drogas". O pior de tudo e ver uma imprensa medíocre imbecilizando, massificando notícias sem um fundamento no mínimo convincente (e tem gente que engole tudinho com a maior naturalidade).
    Já se passaram quase quatro anos desde que recebi na porta da minha casa a notícia que mudou minha vida para sempre, destruindo um pouco do ser humano que já fui um dia, me transformando em um zumbi demente, dormente e incapaz de ficar perplexo.
    Às vezes me pergunto no meu íntimo: já que tanta violência tem sempre uma justificativa fácil (como o envolvimento com tráfico de drogas), por que não voltamos à antiga lei do "olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé"? Se eles gostam tanto de um bom "bang-bang", pelos menos teríamos um bom show pirotécnico para assistir ao vivo, nas ruas, com duelos muito cheios de ação. O detalhe, é que eles se veriam obrigados a prestar contas de maneira mais imediata pelas vidas que ceifam sem nenhuma cerimônia.
    Sinceramente falando, hoje em dia só tenho fé em dois tipos de justiça: a que se faz com as próprias mãos e a de Deus. Decidi pela segunda por que não acredito que valha a pena arruinar ainda mais o que restou da vida por meia dúzia de insetos que cedo ou tarde serão cobrados pelo que fizeram e continuam fazendo por aí. Só a misericórdia de Deus poderá nos salvar desse sistema cruel e insano.
    Desejo a todas as famílias que perderam seus filhos, irmãos, maridos, pais, amigos... que encontrem a força interior para continuar a batalha da vida, pois não importa o que aconteça ou quem caiu pelo caminho: o sou sempre se levantará no dia seguinte.

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  2. Obrigado Sandra. Nós, da família do Hércules, de outras famílias, somos gratos a você. Faz algum tempo que perdi minha fé nas instituições, no sistema, na justiça. A "justiça" tem seus próprios interesses, a defensoria pública não defende quem precisa, a corregedoria não corrige nada nem pune quem merece. Nós somos espectadores perplexos (ou não) da brutalidade do sistema que dilacera famílias como uma fera com dentes bem afiados, sedenta de sangue e de carne fresca. Somos espectadores, impotentes, desse grande espetáculo de horrores que perpetra o mal nas famílias e torna a sociedade em zumbis dormentes e dementes. Minha fé nas polícias, nas promotorias, nos juristas e no sistema morreu junto com meu irmão: virou cinzas como ele. Me tornei também um zumbi, dormente, demente, incapaz de ficar perplexo com o show de horrores. E isso é o que há de pior: perder a capacidade de ficar perplexo significa que já chegamos ao fundo do poço, que já chegamos num ponto que não tem mais volta.
    Vi uma greve da polícia militar na Bahia, cerca de oitenta homicídios num intervalo de 48 horas. É claro: todos "ligados ao tráfico de drogas". O pior de tudo e ver uma imprensa medíocre imbecilizando, massificando notícias sem um fundamento no mínimo convincente (e tem gente que engole tudinho com a maior naturalidade).
    Já se passaram quase quatro anos desde que recebi na porta da minha casa a notícia que mudou minha vida para sempre, destruindo um pouco do ser humano que já fui um dia, me transformando em um zumbi demente, dormente e incapaz de ficar perplexo.
    Às vezes me pergunto no meu íntimo: já que tanta violência tem sempre uma justificativa fácil (como o envolvimento com tráfico de drogas), por que não voltamos à antiga lei do "olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé"? Se eles gostam tanto de um bom "bang-bang", pelos menos teríamos um bom show pirotécnico para assistir ao vivo, nas ruas, com duelos muito cheios de ação. O detalhe, é que eles se veriam obrigados a prestar contas de maneira mais imediata pelas vidas que ceifam sem nenhuma cerimônia.
    Sinceramente falando, hoje em dia só tenho fé em dois tipos de justiça: a que se faz com as próprias mãos e a de Deus. Decidi pela segunda por que não acredito que valha a pena arruinar ainda mais o que restou da vida por meia dúzia de insetos que cedo ou tarde serão cobrados pelo que fizeram e continuam fazendo por aí. Só a misericórdia de Deus poderá nos salvar desse sistema cruel e insano.
    Desejo a todas as famílias que perderam seus filhos, irmãos, maridos, pais, amigos... que encontrem a força interior para continuar a batalha da vida, pois não importa o que aconteça ou quem caiu pelo caminho: o sou sempre se levantará no dia seguinte.

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